O escritor Emílio de Meneses era um excelente trocadilhista.
Repetia sempre para os garçons dos restaurantes uma frase em latim: Ubi Emilius, ibi cerevisia (Onde está o Emílio, tem de haver cerveja). Ao se encontrar certa vez com Teixeira Mendes, pregador da religião positivista, Emílio ouviu o outro explicar: "Vou para o apostolado". E retrucou: "Ah, pois eu vou para o lado oposto".
De outra feita estava tomando uma sopa na Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro, quando chega Olavo Bilac.
Olavo: Posso me sentar, Emílio? Que sopa é essa?
Emílio: Sentei-o!
Olavo: Já vi que estás com a veia.
Emílio: Espero que não se evada!
Outro grande trocadilhista foi um dos pais do humorismo no Brasil, o Barão de Itararé (Apparício Torelli). Gostava de satirizar os políticos e por isso foi preso diversas vezes, sem nunca perder o humor, os trocadilhos e as piadas. Tanto que, cansado de apanhar da polícia secreta de Getúlio Vargas, colocou na porta de seu escritório uma placa com a hoje famosa frase ''Entre sem bater''.
Sobre o lema dos integralistas de Plínio Salgado, “Deus, Pátria e Família”, saiu-se com essa: “Adeus pátria e família”.
Sobre o anúncio da segunda Guerra Mundial, observava: “Como se chama o assassinato de uma criancinha? Infanticídio. E o assassinato de uma porção de criancinhas? Infantaria”.
Outro: “Infelicidade é viver nesta infeliz cidade”.
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